Natural da cidade galega de Vigo na vizinha Espanha, Carlos Perez Alvarez nasceu no dia 1 de Novembro de 1971 e iniciou a sua carreira de futebolista nas categorias jovens do Real Clube Celta de Vigo.
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A carreira de Carlos Alvares no RC Celta de Vigo prolongou-se por mais de uma dezena de anos, contabilizando mais de 50 jogos na equipa principal. Entretanto, apesar da ligação sentimental que Carlitos tinha com clube, havia chegado o momento de procurar novos rumos que permitissem revitalizar a sua carreira que caminha confrangedoramente para a estagnação.
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É nesse sentido que surge a possibilidade de rumar à 1ª Liga portuguesa. Já na altura em que Carlos Alvarez regressou ao RC Celta de Vigo, depois de ter estado cedido ao UD Almeria, o GD Chaves tentou convencer o galego a ingressar no futebol português.
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Porém, com a ilusão de finalmente se afirmar no RC Celta de Vigo, Carlos Alvarez recusou, naquela altura, o convite endereçado pelos flavienses. Mas, no início da época de 1998/99, depois de um ano frustrante no RC Celta de Vigo, Carlos Alvarez, já com 27 anos de idade, decidiu finalmente aceitar o repto lançado para ingressar no futebol português.
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(GD Chaves)
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Rubricando contrato com o GD Chaves válido apenas por uma época, Carlos Alvarez chegava a Portugal com o firme propósito de se mostrar ao nosso futebol e, no final, possivelmente ingressar num clube de maior dimensão ou regressar mesmo ao RC Celta de Vigo.
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Por seu lado, o GD Chaves, treinado inicialmente por Horácio Gonçalves, via em Carlos Alvarez um elemento fundamental para contrabalançar alguma inexperiência dos restantes reforços da equipa. Adoptou a camisola n.º 6 do GD Chaves na época de 1998/99 e realizou uma fantástica temporada ao serviço dos flavienses.
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(GD Chaves)
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A sua estreia oficial no futebol português verificou-se no Estádio Municipal de Chaves no dia 23 de Agosto de 1998 no desafio da 1ª jornada da 1ª Liga entre o GD Chaves e a Académica de Coimbra. O GD Chaves venceu o desafio por 1-0 com um golo apontado aos 74 minutos por Seba, compatriota de Carlos Alvarez, que foi titular naquele encontro.
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Carlos Alvarez foi sempre uma peça fundamental na equipa do GD Chaves e um dos jogadores mais destacados pela crítica desportiva, chegando mesmo a ficar conhecido como o “Comandante do Marão”. Alinhou em 27 encontros da 1ª Liga, tendo apontado 4 golos. O primeiro golo em Portugal foi marcado frente ao CF Estrela da Amadora, na vitória dos flavienses por 4-1.
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(Carlos Alvarez no GD Chaves)
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Marcou ainda naquela época de 1998/99 ao serviço do GD Chaves na vitória dos flavienses sobre o SC Campomaiorense por 3-2 e nas derrotas frente ao SL Benfica por 4-1 e novamente frente ao SC Campomaiorense também por 4-1.
Apesar do bom desempenho de Carlos Alvarez, o GD Chaves não conseguiu a manutenção na 1ª Liga e foi relegado ao segundo escalão. De resto, a equipa flaviense viveu momentos conturbado ao longo da época de 1998/99, passando pelo seu comando técnico quatro treinadores. Inicialmente o cargo foi ocupado por Horácio Gonçalves, que seria substituído por Augusto Inácio, e este por Diamantino Brás, e este, finalmente, por Rodrigues Vaz.
Os desempenhos de Carlos Alvarez, representando o GD Chaves, despertaram o interesse do Vitoria SC. Por isso, foi ele uma das principais aquisições dos vimaranenses para a temporada de 1999/00, cujo treinador continuaria a ser Quinito.
Carlos Alvarez era preferencialmente um centrocampista, que tanto se ocupava de missões defensivas, jogando próximo do médio mais defensivo, como se incorporava com saliência nas manobras ofensivas, fazendo uso das suas qualidades técnicas.
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Actuava muitas vezes na posição de médio interior direito. Tinha boa visão de jogo e qualidade de passe assinalável. Todavia, não era muito combativo e algo lento nas movimentações.
Entretanto, Carlos Alvarez deixou a carreira de futebolista profissional de futebol e quando se preparava para começar a orientar uma escola de pequenos futebolistas em Nigrán, um trágico e incompreensível acidente ceifou-lhe a vida.
Com apenas 35 anos de idade, Carlos Alvarez faleceu no dia 5 de Julho do ano de 2006, vítima da queda de um pilar que lhe provocou um golpe profundo e fatal na zona da cabeça.
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Sem duvida um final triste e inesperadamente breve da historia de um homem que, independentemente do sucesso desportivo, sempre honrou e representou com toda a determinação uma instituição como o Vitoria Sport Clube, o que por si só, entendemos, merece também um lugar nestas paginas de recordações vitorianas.